quinta-feira, 6 de maio de 2010

A LINGUAGEM SECRETA DO LEQUE!

Cercado por mitos e lendas, o surgimento do leque é considerado por alguns autores como sendo tão antigo quando o homem. Dizem que Cupido (Eros) o Deus do Amor, criou o leque ao arrancar uma asa de Zéfiro, Deus do Vento, para refrescar sua amada Psique, enquanto esta dormia. Já os chineses atribuem a criação do leque a Kan-Si, filha de um poderoso mandarim quando, num baile de máscaras, não suportando o calor e não desejando expor seu rosto, usou-o para abanar-se, no que foi seguido pelas outras damas da corte. Antigas civilizações como as do Egito, Assíria, Pérsia, Índia, Grécia e Roma fizeram uso do leque que chegaram a Europa através das Cruzadas, vindos do Oriente entre os Séculos XII e XIII. E, a partir dai, tornaram-se um complemento indispensável a elegância feminina.. Com suas folhas feitas em papel pergaminho, tecido, renda ou seda, sobre o qual eram feitas pinturas, bordados em lantejoulas ou fios de ouro ou prata eram complemento indispensável das damas das cortes e, foi nesse contexto de sedução, de luxo, que a Linguagem do Leque, originada possivelmente da Corte Francesa no Século XVIII tomou corpo. Um complicado sistema de posições e gestos que permitiam a uma dama comunicar-se e flertar.. Como curiosidade, coloco abaixo o significado de algumas das posições naLinguagem do Leque:

Hoje praticamente em desuso, o leque ainda tem muitas seguidoras, como eu, por exemplo, que não dispensam o seu uso e o trazem sempre na bolsa para um momento de mais calor, lamentando por esse fascinante acessório ter sido abandonado, quase esquecido.

Numa altura em que as mulheres não tinham qualquer liberdade de expressão, o leque era um óptimo instrumento de comunicação. As jovens iam sempre acompanhadas pelas mães ou pelas damas de companhia, e tiveram de arranjar uma forma de comunicar com os pretendentes. Para garantir a discrição na troca de mensagens, existia um código de linguagem. Aqui ficam alguns significados.




Esconder os olhos com o leque aberto – Amo-te

Andar com o leque aberto na mão esquerda – Aproxima-te

Girar o leque na frente do rosto com a mão esquerda – Amo outro

Leque aberto no colo – Quando nos veremos?

Tocar o cabelo com o leque fechado – Não me esqueças

Abrir e fechar o leque - Adeus

Apoiar o leque no lado direito da face – Sim

Apoiar o leque no lado esquerdo da face – Não

Abrir e fechar o leque várias vezes – Tu és cruel

Andar na sala (ao entrar) abrindo e fechando o leque – Hoje não sairei

Tocar o leque aberto com as pontas dos dedos – Preciso falar contigo

Tocar na orelha esquerda: Deixe-me em paz

À frente do rosto, com a mão direita: Siga-me

Deslizá-lo sobre a testa: Sinto que mudou

Com a mão esquerda: Estamos a ser observados

Mudá-lo para a mão direita: É muito atrevido

Aberto, na altura dos olhos: Desculpe

Mostrá-lo fechado: Amas-me?

Movê-lo rapidamente: sou comprometida

1 comentário:

  1. "Carpe Diem" quer dizer basicamente "colha o dia". Então, colha o dia que está vivo, não o dia que morreu ou o dia que não nasceu. O ontem não pode ser colhido, apodreceu. Da mesma forma o amanhã não pode ser colhido, porque não nasceu, não amadureceu. Que tipo de relação podemos ter com um cadáver? Que relação podemos ter com o que ainda não existe? Assim é bom entender que o dia é a vida, e a vida é agora, não pode ser colhida nem ontem e nem amanhã. O ontem será sempre o dia passado e o amanha será sempre o dia seguinte. O dia a ser colhido é hoje, a vida é hoje!

    Edson Carmo

    Visite:

    http://edsoncarmo-amor.blogspot.com/2009/09/carpe-diem-colha-o-dia.html

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O que me dá autoridade para vos dizer o que aqui vos digo? A autoridade de filha que sabe o que é viver longe dos pais; a autoridade de criança que viveu num quadro de violência e de maus-tratos; a autoridade de criança que sempre viveu em instituições; a autoridade de mãe que sabe o que é viver longe da filha; a autoridade de ex que sabe o que custa um sacrifício para não afastar uma filha do pai e que, ainda por cima, é penalizada pela justiça no momento em que decide mudar de local de residência, em busca de melhores dias; a autoridade de quem viveu com crianças (muitas!) e sempre trabalhou (e ainda trabalha) com crianças. Em suma: toda a autoridade.